quinta-feira, março 27, 2014

Raiva...

Acho que nos faz refletir muito. Bom, acho que posso dizer isso pelo menos por mim.
Hoje uma série de sentimentos me rodeiam simultaneamente, os quais eu deveria não alimentar, pelo menos não agora, devido à últimos fatos que ocorreram esta semana. 
Estava/estou tentando evitar sentir tudo isso agora, juro, mas a cada minuto que se segue, parece cada vez mais impossível.
É como estar caminhando em direção a um abismo, e você sabe que deve parar, pois do contrário matará a sí mesmo, mas apesar de tentar, tentar e tentar, você simplesmente não consegue, e talvez também nem explicar o motivo, consiga.
Toda a história se deve à atos cometidos por mim. Tudo minha culpa. Não quero mencionar o que foi exatamente. Mas o culpado de tudo sou eu. E se continuar com isso, continuarei sendo o culpado.
Isso me faz ser tomado pelo sentimento de raiva. E a cada momento que avança o dia, essa raiva cresce. Cresce. E continua crescendo por eu não poder fazer coisa alguma. Cresce por eu ter perdido tudo o que conquistei, por falha minha. Outra falha. Cresce pois a causa de eu não poder fazer o que queria, também é minha culpa. Mesmo no fundo eu buscando entender e contornar a situação de uma maneira pacífica, tentar relevar, há algo que me impede. E isso só faz também, e além da raiva, o meu sentimento de culpa aumentar.

Nessas horas gostaria de não ser eu...
E veja! Isso me lembra uma música: 

I Dread the Night - Gallows

"Eu quero ser qualquer um no mundo, mas eu
Preso no corpo de um homem derrotado
Eu estou envergonhado dos repetidos erros."

E realmente estou.
Essa semana só está me fazendo enxergar o quão desprezível eu sou. Ridículo. E tudo o mais que possa ser julgado como algo desprezível. Só me faz enxergar que eu realmente cheguei ao fundo do poço, e a tendência (não contente com a situação presente) é cavar mais ainda!

Ora, no fundo eu não quero isso.
Mas algo me impede.
Isso me lembra aquela HQ do Hulk, O Último Titã...
Vou destacar aqui quatro páginas em especial, prestem atenção no diálogo:






A raiva é algo tão belo, e triste ao mesmo tempo...
Mas, o ponto que quero chegar, é que, assim como o Hulk, não possuo mais nada contra o que 
lutar. Por que diabos eu continuo insistindo então? Qual a causa de eu não dar o braço a torcer?
Pois no fundo eu sei, que seria melhor deixar essa raiva de lado para que eu possa ficar bem, junto de quem também quer ficar bem comigo.
Mas há algo que não me deixa fazê-lo.
Orgulho, talvez? Ou uma mistura de sentimentos? Talvez eu realmente e apenas, não aceite perder. Mesmo que não haja de fato uma competição. Se eu der o braço a torcer, terei perdido. Estarão com as mãos no que é meu. E vão rir de mim. E estou  cansado de todos falando e rindo de mim pelas costas. E também, de que terá valido todo meu esforço? Apesar de no fundo saber que seria o preço justo a pagar pelos meus pecados, EU NÃO QUERO ISSO.
Uma mistura de sentimentos me cobre... Dor, tristeza, desespero, ciúmes, raiva, arrependimento...

Raiva...
Arrependimentos.

Me lembrou agora aquela que chamo de "minha música" (já falei sobre ela aqui certa vez: http://foreveruntildeath.blogspot.com.br/2011/03/friends.html).

The Remembrance Ballad - Atreyu

"Se eu pudesse ter de volta todos aqueles dias desperdiçados,
Cada segundo de raiva,
Eu lavaria meus pecados."
Acredite, eu realmente gostaria de poder lavar meus pecados.
A raiva é um dos sentimentos que mais admiro, e também um dos que mais temo. Assim como o medo, apenas ambos podem nos fazer chegar onde sequer jamais pensamos estar um dia.

Seja para o melhor, ou pior...
Para melhor ou pior.

These are the days - The Exies

Hoje, dia 27/03/2014 marca um dia que mudará para sempre algumas coisas.
Estou contando as horas, minutos, segundos, para que acabe logo. Gostaria de não ter de passar por isso. Gostaria de não ter feito muitas coisas. Gostaria de que muitas coisas não tivessem acontecido.
Mas hoje a história muda. E a verdade já veio para ambos os lados, como a correnteza de uma represa que arrebenta.
E a única coisa que eu posso fazer, é assistir quieto, e queimar quieto. Pois quem acordou a fera fui eu.

E este dia vai acabar no tempo, mas durará na memória para sempre.

Para melhor ou pior.
Até a raiva acabar. E pode até ser que ela se ausente, mas acredite, no fundo ela estará lá.
E lá ela irá permanecer.
Até eu não ter mais com o que alimentá-la.

segunda-feira, março 24, 2014

Há muito tempo atrás...

Eu dedicava boa parte do meu tempo ao blog.
E o tempo foi passando, e fui perdendo o interesse... Assim, não por ter de ficar escrevendo, até pelo fato de nunca ter sido uma obrigação.
A verdade é que fui me interessando por outras coisas... Conheci coisas, pessoas, lugares novos, e fui mudando a rotina.
Pois era rotina, eu chegar no trabalho, onde realmente não havia o que fazer, sentar, e escrever.
Escrevia no mais poemas. Poemas os quais levavam MUITO tempo para ficarem prontos. Não me julgo nenhum "artista", o qual pode parecer que se julgaria especial pelo título, e que acharia que sabe tudo e que tudo só é bom se for de seu jeito.
Não.
Não gosto do meu jeito.
Meu jeito de escrever e ler.
Mas é assim que sou.
Para se ter uma ideia, o livro que cheguei a ler em menor tempo, foi em uma semana, e isso por conta de que o livro era da faculdade, e tinha de ser devolvido em uma semana, do contrário, a cada dia de atraso era um real a se pagar.
Então, para um pouco mais de noção do quanto eu sairia fodido se enrolasse mais, bom, eu já li e reli e diversas O Hobbit, mas claro, não em menos de 2 meses. euhaEUshAUEhuAHU
Eu começava a ler, às vezes o sono batia... Quando eu voltava, sei lá, um, dois dias depois, começava já voltando uma, duas páginas.
Sabe, sou um cara muito detalhista.
É a mesma coisa para com os poemas que escrevia.
Primeiro estava sentado no trabalho, e, de repente, ouvindo uma música, me vinha a inspiração.
Uma palavra sequer, eu a anotava num papel, às vezes uma frase. Talvez num dia duas, três, ou um punhado. Ou talvez uma apenas, em dois, três, ou mesmo um punhado de dias.
Depois juntava o que achava que combinada, e que talvez em 5 linhas algumas boas rimas, e com sorte algum sentido, um poema se formaria.

Pretendo agora então dedicar um tempo para este, agora, desolado lugar novamente.
Ontem eu decidi mudar muitas coisas.Ontem muita coisa mudou. Agora à pouco tive a confirmação disso.
Eu não tenho poder para parar tudo, ou fazer com que tudo aconteça.
Mas, tenho o poder de tentar.
E enquanto tento, talvez eu vá queimando.
E enquanto queimo, precisarei queimar quieto.
Isso me lembra um monge,Thích Quảng Đức, (já devem ter visto sobre ele em algum lugar, uma foto no mínimo).
Não chego nem aos pés dele relacionado talvez a conhecimento, caráter, humildade, e mais trocentas coisas que sejam...
Só me lembrou que, ele realmente queimou quieto por aquilo que acreditava e amava.
Vou precisar (não no sentido literário da coisa, claro), fazer o mesmo agora.
Sou eu sendo eu, tentando não ser eu, para no fim ser eu.
No fim de tudo, sou apenas eu, sabe?